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11/11/2014
Número alto de concorrentes na disputa pela presidência da Câmara sugere ausência de liderança
A Câmara Municipal de Quixadá comporta 17 vereadores e interesses elevados à décima potência. Atualmente, nos bastidores da política local, quando não se está falando sobre a sugestão de cassação ao prefeito, não se fala em outra coisa a não ser na disputa pela presidência do parlamento local.
Cada vereador vestiu-se com sua melhor roupa, colocou na cabeça a plumagem mais bonita e persiste em apresentar o melhor jogo de cintura possível: um votinho, só um votinho a mais, é tudo o que cada um quer. Difícil mesmo é convencer uns aos outros.
Recentemente, um vereador convidou outro à sua casa, ofereceu um banquete matinal da melhor qualidade, papeou o melhor português do repertório e, no final, nada. O infeliz do convidado comeu queijo, pão de milho, bolo e tapioca de graça e, ao ser indagado sobre seu voto para a presidência da câmara, simplesmente disse não. Daqueles “nãos” que coloca menino ruim pra chorar.
Audênio Moraes, Ivan Construções, Kleber Júnior, Higo Carlos, Kelton Dantas, Luiz do Hospital, Cesar Augusto, Weimar Lino, Carlos Eduardo e Duda já deram mostras de que pretendem concorrer à presidência da casa do povo. Só aí já se vão dez edis. Caso todos eles mantenham as intenções, registrando as candidaturas e disputando efetivamente os apoios, poucos votos decidirão a pugna.
A paleta de opções diversas é sintomática de uma crise que se aprofunda cada vez mais em Quixadá: ausência de lideranças. Na Câmara, nenhum nome, nem mesmo os do período jurássico, se mostra capaz de criar órbitas em torno de si.
Lá atrás das cortinas, Osmar e Ilário estão, aparentemente, em linha descendente e já não conseguem agregar em torno de seus núcleos de influência os grupelhos dispostos no tabuleiro. Quando conseguem, é fazendo força.
Por fim, a situação parece ser reflexo de um esforço inconsciente do conjunto de cidadãos que, embora talvez nem tenham percebido o que estão fazendo, persistem forçando o surgimento de novos líderes locais. Numa hora ou noutra isto vai acabar acontecendo. A história não tolera a ideia dos Impérios de Mil Anos. Mais dia, menos dia,